FEEDBACK ESTRATÉGICO
FEEDBACK ESTRATÉGICO
As 5 Etapas do Feedback Estratégico: Da Observação à Transformação
Em nossas reflexões de hoje, vamos dialogar sobre as diferentes etapas que devem ser executadas para que o feedback estratégico ocorra dentro de uma empresa!
Diante da alta competitividade do mercado atual, cada vez mais as empresas são pressionadas para apresentarem alta performance em suas estratégias, em seus processos e, sobretudo, em suas equipes. Times formados por colaboradores(as) alinhados(as), engajados(as) e que buscam a melhoria contínua têm maior probabilidade de aumentar sua produtividade cotidiana. Nesse sentido, uma das ferramentas que podem contribuir com o aumento da eficiência das equipes é o feedback estratégico. Para isso, é necessário que se conheçam as diferentes etapas que constituem esse feedback e que são apresentadas no texto de hoje.
Inicialmente, é importante frisar que o feedback estratégico não é apenas uma conversa pontual sobre comportamentos, resultados ou percepções das lideranças sobre determinado(a) colaborador(a). Por outro lado, esse tipo de feedback tornou-se uma ferramenta estratégica para o desenvolvimento profissional, pois possibilita que o(a) colaborador(a) passe a ter uma visão clara sobre seus pontos que estão fortes e sobre seus pontos que precisam de melhorias. Por essa razão, como primeira etapa do feedback estratégico, é preciso que ocorra observação atenta, contínua e o máximo imparcial possível sobre as condutas, as relações interpessoais e sobre os resultados de cada colaborador(a). Ressalta-se a importância de não observar somente o que está equivocado, mas, também, observar os acertos, os esforços e a qualidade da entrega do trabalho de um(a) determinado(a) funcionário(a).
Em seguida, após a observação, inicia-se a segunda etapa do feedback estratégico, a qual é centrada em analisar e contextualizar aquilo que foi observado nas condutas, nas relações interpessoais e nos resultados entregues por cada funcionário(a). Nessa etapa, o feedback estratégico passa a ser uma ferramenta que busca compreender em profundidade as conexões entre as ações do(a) colaborador(a), as causas que estimularam a execução dessas ações e quais foram os impactos das ações executadas. Assim, nessa fase, a preocupação está muito menos em saber “o que” foi feito e muito mais em compreender “como”, “porquê” e “em qual contexto” foi feito, a fim de evitar julgamentos rasos, precipitados e, potencialmente, injustos. Com essa postura, o feedback estratégico tende a contribuir mais fortemente com o alinhamento entre os(as) colaboradores(as) e os objetivos da empresa.
A terceira etapa do feedback estratégico vem lembrar que essa ferramenta precisa de planejamento para que seus resultados sejam assertivos. A importância dessa etapa reside, sobretudo, na capacidade do feedback em prevenir conflitos, mal-entendidos e ruídos comunicacionais dentro de uma empresa. Nesse sentido, nessa fase do feedback estratégico, a liderança deverá definir: 1) os objetivos que deverão ser alcançados com a realização do feedback; 2) como deverá ser a abordagem nesse momento; 3) quais fatos serão utilizados como exemplos; 4) qual deverá ser o tom da fala ao longo do momento da abordagem; 5) em qual local será realizado o feedback; 6) em qual momento do dia o feedback será executado; 7) qual o perfil da pessoa que irá receber as informações ao longo do momento de feedback. Todo esse planejamento ganha relevância ao contribuir para que o feedback seja recebido de forma produtiva, assertiva e pragmática.
Depois do planejamento, é chegado o momento de realizar o feedback, sendo essa a quarta etapa do feedback estratégico. Nessa fase, é importante ressaltar a necessidade de se realizar o feedback de forma clara, objetiva e, sobretudo, alicerçada em fatos observáveis. Assim, deve-se evitar trazer para essa etapa achismos, fofocas ou compreensões que não são alicerçadas em fatos que foram, de fato, observados, acompanhados e comprovados. Nesse momento, o foco reside em alinhar expectativas, ajustar condutas e fortalecer a aderência do(a) colaborador(a) à cultura organizacional, oferecendo uma visão assertiva sobre os pontos que estão fortes e os pontos que precisam melhorar na conduta profissional de um(a) funcionário(a). Por fim, para essa etapa, é importante frisar a necessidade de ser colocada em prática a capacidade de escuta entre as partes envolvidas no momento do feedback.
Por sua vez, feedback sem momentos posteriores de acompanhamento é apenas uma conversa. É preciso que sejam definidos, executados e acompanhados planos de ação de melhoria para saber se o(a) colaborador(a) está progredindo na execução das ações que irão contribuir com o aprimoramento de seus pontos de melhoria. Assim, chega-se à quinta etapa do feedback estratégico. Essa é a fase que vai envolver fortemente suporte, reconhecimento dos avanços feitos e redirecionamentos que se façam necessários para contribuir com os pontos de melhoria de um(a) determinado(a) funcionário(a). Nesse contexto, fica claro que o feedback estratégico é uma ferramenta capaz de nortear, fortificar ou reorientar comportamentos, contribuindo para o crescimento profissional de funcionários(as), equipes e empresas.
Diante de tudo o que foi dialogado nos parágrafos anteriores, torna-se evidente que o feedback estratégico não é apenas uma conversa realizada em momentos isolados, sem planejamento e sem acompanhamento posterior. Além disso, foi possível compreender que essa ferramenta, quando bem planejada, pode contribuir para fortalecer a cultura de desenvolvimento de uma empresa, ao mesmo tempo que contribui para o crescimento profissional das equipes e, consequentemente, contribui com a melhoria da performance organizacional.
E nas empresas que vocês trabalham, o feedback estratégico é praticado? Caso sim, quais etapas são executadas? E quais os pontos que vocês acreditam que deveriam ser implantados para aprimorar o feedback?
Torço que esse conteúdo tenha contribuído com suas reflexões sobre o potencial das etapas do feedback estratégico como ferramenta contribuinte no desenvolvimento de pessoas, equipes e empresas. Nos vemos nos próximos textos! Abraço!
Lucas de Souza
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lucasdesouza.adm@gmail.com
03/08/2025