Em nossos diálogos de hoje, vamos refletir sobre 3 práticas preconceituosas que as pessoas LGBTQIAP+ sofrem no ambiente de trabalho!

Continuamos nossa jornada ao longo do mês de junho, período em que celebramos o Orgulho LGBTQIAP+ em diferentes contextos. Para além da celebração, é fundamental visualizarmos, reconhecermos e refletirmos com maior profundidade sobre os diferentes preconceitos que a comunidade LGBT+ ainda enfrenta no mercado de trabalho, bem como nos diferentes ambientes organizacionais. Diante desse cenário, nosso texto de hoje vem trazer 3 práticas preconceituosas que, infelizmente, ainda se manifestam nos cotidianos de variadas empresas e, consequentemente, dificultam a entrada, bem como a permanência de pessoas LGBT+ no ambiente corporativo.

É compreensível que, ao longo das últimas décadas, avanços tenham sido conquistados na luta por direitos, inclusão e representatividade da comunidade LGBTQIAP+ em diversos setores da sociedade. No entanto, o ambiente corporativo ainda apresenta desafios significativos para as pessoas LGBT+, sobretudo, quando se visualizam determinadas práticas organizacionais, as quais apresentam uma elevada carga de preconceito em sua execução. A primeira prática corporativa preconceituosa consiste na discriminação logo na seleção e contratação de pessoas LGBTQIAP+. Infelizmente, diferentes pessoas LGBT+ que se candidatam para variados cargos, podem ser discriminadas ainda na seleção, bem como na contração devido à sua orientação sexual, identidade de gênero e expressão de gênero.

Ao passarem nas etapas de recrutamento, seleção e contratação, as pessoas LGBTQIAP+ passam a se deparar com a segunda prática corporativa preconceituosa, a qual consiste em um ambiente organizacional hostil. Nesse tipo de ambiente empresarial, é comum que as pessoas LGBT+ se deparem com preconceitos que se manifestam de várias formas sutis e nem tão sutis assim como, por exemplo, piadas, comentários pejorativos, podendo chegar até a discriminação direta na hora de reconhecer, visibilizar e promover o trabalho de indivíduos LGBTQIAP+ dentro de uma empresa. Esse tipo de ambiente organizacional hostil para pessoas LGBT+ é caracterizado, portanto, por estereótipos e concepções preconcebidas sobre a orientação sexual, identidade de gênero e expressão de gênero dos indivíduos, influenciando decisões dentro do contexto corporativo.

Além do ambiente organizacional hostil, a falta de políticas claras de diversidade, inclusão e proteção das pessoas, sobretudo, a falta de suporte emocional para pessoas LGBTQIAP+ constitui a terceira prática corporativa preconceituosa que, infelizmente, ainda ocorre nas empresas contemporâneas. Ao se depararem com um ambiente organizacional onde suas identidades, sexualidades e expressões individuais são alvo de comentários pejorativos, estereótipos e concepções preconcebidas, torna as pessoas LGBT+ desconfortáveis e inseguras em demonstrar suas diferentes expressões individuais. Esse fator é agravado pelas empresas que não executam práticas que contribuam com o suporte emocional dessas pessoas, podendo levá-las a um quadro de ansiedade, isolamento e, consequentemente, adoecimento.

Todas essas diferentes práticas corporativas preconceituosas não prejudicam apenas os profissionais LGBTQIAP+ individualmente, mas, também, afetam o desempenho geral da produtividade da empresa. Isso ocorre, uma vez que muitas organizações ainda não adotam medidas concretas para proteger seus funcionários LGBT+, deixando-os vulneráveis a um ambiente de trabalho hostil e não acolhedor. Com isso, a diversidade de pensamentos, experiências e, consequentemente, de ideias passa a ser limitada, dificultando o potencial criativo, inovador e de crescimento da empresa.

Agora, vamos refletir? Bora! Nas empresas em que trabalhamos, existem práticas voltadas para o acolhimento, bem como para a valorização e para o cuidado de pessoas LGBTQIAP+ no ambiente de trabalho? Caso sim, quais são essas práticas? Caso não, o que você acredita que poderia ser feito pelas empresas para garantir um ambiente acolhedor para funcionários(as) LGBT+ em seu cotidiano?

Torço que esse conteúdo tenha contribuído contigo! Nos vemos nos próximos textos! Abraço!

Lucas de Souza

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19/06/2024